- Eventos
- Gastronomia
- Serviços
- Atrações
- Hospedagens
- Dicas
- Compras
Notícias
Restaurantes realizam prevenção contra a Gripe A
Enquanto em alguns estabelecimentos comerciais o preço do álcool em gel disparou, em outros locais ele é obtido praticamente de forma gratuita. É o caso dos restaurantes e lanchonetes que, temendo perder o movimento pelo avanço da gripe H1N1 no país, adotaram medidas simples de prevenção, que muitas vezes estão agradando os clientes.
Um restaurante da rua 1822, no centro de Balneário Camboriú, além de implantar o recipiente com álcool em gel ao lado da pilha de pratos limpos, também disponibilizou luvas de plástico que estão sendo usadas por grande parte das pessoas. Segundo informou a subgerente do local, Desirée Leandro, a embalagem do produto, que tem capacidade para matar o vírus H1N1, foi colocado na entrada do bifê há cerca de 40 dias. “Já as luvas de plástico nós implantamos há aproximadamente dez dias. Além disso, temos álcool em gel também ao lado dos caixas, por sugestão dos próprios clientes, por causa da manipulação de dinheiro”, explica a subgerente. “Outra medida que realizamos, mesmo antes da gripe A, foi desinfetar todos os pratos e talheres com álcool.
Funcionários deste mesmo restaurante estão sendo instruídos a procurar a assistência médica, caso tenham os sintomas da nova gripe – febre acima de 38 graus, tosse seca, dor de cabeça, principalmente. “As gestantes estão sendo dispensadas, também encaminharemos casos suspeitos ao nosso médico do trabalho”, esclareceu.
A preocupação acontece em centenas de estabelecimentos, embora em muitos ainda falte a conscientização. Entre os cautelosos está um restaurante da rua 1500, que disponibilizou o álcool em gel em um frasco identificado, para uso dos seus frequentadores. Conforme explicou a proprietária, Mariana Guassaloca, o objetivo é o de prevenir o aparecimento da doença, desde que começaram os casos de gripe A no Brasil. Ela explica que o uso do produto é recomendado, mas opcional, já que não é possível obrigar o cliente a aproveitar o benefício. “O que está chamando a nossa atenção, é que as pessoas não estão usando o álcool. Falta a conscientização, pois as autoridades públicas estão fazendo a sua parte”.
Este restaurante adotou outra medida de prevenção, além do recipiente com álcool. Janelas e portas permanecem abertas para que haja ventilação, mas as máscaras não foram adotadas, porque a proprietária acredita que isso assustaria os clientes. “Temos receito de afastar os clientes, pois eles poderiam achar que nossos funcionários estariam com a doença”, colocou Mariana.
No restaurante dos irmãos Ademar e Vanderlei Bergonsi, a gripe não chegou, mas não foi esquecida. O álcool em gel foi colocado em dois locais, ao lado do bifê e nos banheiros. Além disso, as janelas e portas ficam totalmente abertas. “Ainda assim, existem pessoas que preferem sentar do lado externo no restaurante”, disse Vanderlei. Em seu estabelecimento, cerca de 90% dos frequentadores estão usando o álcool em gel e o movimento não caiu. “Por incrível que pareça, nossos clientes não deixaram de almoçar conosco, acreditamos que é pela preferência e fidelidade, e as pessoas estão reconhecendo nossa prevenção”. Seu irmão, Ademar, dá um conselho aos outros proprietários: “Eu vejo que o problema é sério e devemos mudar nossas atitudes até mesmo em casa. Lavar sempre as mãos com muito sabão, e, no caso de contrair a gripe, é necessário ficar reservado e evitar aglomeração. Assim a pessoa não coloca a sua saúde e a dos outros em risco”, analisou.
Levantamento
A Secretaria de Saúde Municipal, através do departamento de Fiscalização Sanitária, está realizando visita a todos os estabelecimentos que promovam a aglomeração de pessoas em locais fechados, como igrejas, restaurantes, bares, boates, entre outros. Segundo explicou o diretor da Vigilância Sanitária, Gilberto Pereira da Silva Júnior, a maioria dos estabelecimentos não tem ventilação adequada.
“Estamos realizando orientação e recomendações. Nosso trabalho é pela aplicação da Nota Técnica Estadual 09/2009, que orienta quanto às condutas que devem ser seguidas pelas chamadas instituições fechadas com objetivo de reduzir o risco de transmissão do vírus H1N1 no estado. A Saúde confeccionou panfletos, que estamos levando a esses locais. Após nossa visita, é feito um levantamento, que será encaminhado ao Ministério Público”, informa Gilberto. A Saúde mantém, na rua 1500 junto ao Posto Central, um Centro de Triagem 24 horas, que pode ser procurado pelas pessoas que tem a suspeita de ter contraído o vírus H1N1.
Texto : Silvia Bomm
DRT 3930-JPPR